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6/2/25

Qual será o desafio do equilíbrio entre Inflação e Taxa de Juros em 2025?

Por

Michele Loureiro

Há um consenso entre os economistas e especialistas de mercado de que o câmbio e a inflação vão passar ainda algum tempo acima do patamar considerado ideal. O ano de 2025 deve ter IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial) de 5,08% e Selic de 15%, de acordo com o relatório Focus mais recente.

 

Segundo Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank, o grande desafio está no balanceamento da taxa de juros. “ É preciso elevar os juros até um nível que contribua para desacelerar a inflação, sem prejudicar de forma demasiada o crescimento econômico”, avalia.

 

De acordo com a economista, a Selic mais alta impacta em várias frentes da economia real. “Em um cenário de juros mais elevados, as empresas terão seus custos aumentados e podem sofrer com a alta da inadimplência. Além disso, os financiamentos mais caros tendem a afetar o crescimento da economia”, explica.

 

Dois fatores explicam a postura mais rígida do Banco Central em relação à taxa de juros: o câmbio depreciado, reflexo de um cenário fiscal incerto e de desafios no ambiente internacional, e a atividade econômica aquecida.

 

A perspectiva de uma atividade econômica mais fraca é vista como necessária para que o BC tenha maior confiança na convergência da inflação para a meta. Além disso, medidas fiscais que melhorem as expectativas inflacionárias são essenciais para garantir a sustentabilidade da dívida pública no longo prazo.

 

Justamente para se proteger nesse ambiente desafiador, as companhias podem contar com parceiros financeiros estratégicos, como o Ouribank, e buscar soluções de gestão de crédito e financiamento. O banco oferece soluções sob medida para as companhias que precisam reforçar o caixa e continuar a crescer em um mercado cada vez mais competitivo. Entre as ferramentas está a cessão de recebíveis, que permite antecipar o recebimento de valores a partir das vendas a prazo e ajuda as empresas a captar recursos imediatamente, além de transferir o risco de crédito para a instituição financeira e proporcionar flexibilidade, uma vez que não há valores máximos ou mínimos e é possível ajustar a solução às necessidades específicas.

 

Outra possibilidade é a conta garantida do Ouribank, que proporciona acesso rápido e seguro a recursos financeiros para investir ou realizar pagamentos. As vantagens incluem a disponibilidade imediata de dinheiro, sem esperar por processos burocráticos e a segurança, coma garantia de que o dinheiro está separado da conta principal do negócio.

 

Além disso, o Ouribank também oferece opções de Supply Chain Finance, que são ideais para empresas que desejam otimizar a cadeia de fornecimento. Com essa ferramenta é possível pagar fornecedores à vista, garantindo melhores negociações, e ter flexibilidade ao ajustar os prazos de acordo com a linha produtiva e necessidades operacionais. Alavancar o negócio exige uma abordagem estratégica e uma compreensão profunda das ferramentas financeiras disponíveis e o Ouribank tem expertise para acompanhar toda a jornada.

 

Cenário externo também entra na conta

 

Além dos desafios internos, Cristiane mapeia a importância do contexto global para a tomada de decisão das políticas econômicas no Brasil. Um dos principais fatores está na expectativa com o novo governo americano. “Na hipótese de que o governo Trump assuma de fato um posicionamento protecionista, ou seja, a favor da economia americana, isso tende a elevar a inflação daquele país. Com isso, os EUA poderiam voltar a subir os juros, levando o fluxo de capitais para lá. Desta forma, as moedas dos países emergentes seriam penalizadas”, avalia.

Confira o Relatório Especial: Sobre certezas, câmbio e Trump

 

A segunda história que deve ter novos capítulos é a preocupação com o crescimento na China, além das volatilidades geopolíticas. Com esse ambiente de maior aversão ao risco global, a economista diz que é natural que os investidores olhem com mais cautela as histórias de cada país. E, no caso brasileiro, um tema que já estava presente ganhou destaque e começou a ser acompanhado com mais atenção: a insuficiência da regra fiscal para estabilizar a dívida. “Apesar das previsões, ainda há muitos acontecimentos que podem reger os indicadores econômicos no Brasil em 2025”, finaliza Cristiane.

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