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8/8/24

Ouribank se prepara para financiar operações de ‘built to suit’ como parte de seu portfólio de produtos

Por

Michele Loureiro

Esse modelo de construção de imóveis comerciais ou industriais, adaptado às necessidades específicas de locatários, será avaliado individualmente, começando pelo estado de São Paulo e com potencial para expansão nacional.

Referência e pioneiro no segmento de Real Estate, o Ouribank faz uma nova investida no segmento e tem um caixa robusto para investir nos próximos dois anos. O objetivo é aproveitar o contexto de redução da taxa básica de juros, escassez da poupança, déficit habitacional e necessidade de prover o mercado com financiamento para incorporadores, construtores e loteadores. Além de apoiar a construção civil, focando nas pequenas e médias empresas, o banco mira nas construções sob medida, conhecidas como built to suit.

Na prática, built to suit é um modelo de construção de imóveis comerciais ou industriais projetado especificamente para atender às necessidades de um locatário. O desenvolvedor financia, projeta e constrói o imóvel de acordo com as especificações acordadas com o locatário, que por sua vez, assina um contrato de longo prazo.

 

Jefferson Pavarin, head de Real Estate do Ouribank, explica que o banco está se lançando neste segmento para dar continuidade a sua estratégia de expansão. “A decisão está em linha com nosso novo posicionamento de marca, de ser um banco múltiplo e completo”, explica. “Com essa solução, podemos oferecer capacidade financeira para os nossos clientes, permitindo que eles monetizem o contrato de locação atípico descontando esse fluxo financeiro futuro”, complementa.

Jefferson Pavarin

A nova iniciativa foi anunciada recentemente e já conta com alguns interessados aguardando o progresso dos processos. “Estamos analisando os perfis de risco e em breve começaremos a operar. Não temos viés regional e vamos considerar oportunidades nas principais capitais do país”, diz o executivo.

 

Os imóveis não seguem um padrão fixo. Podem variar desde operações comerciais menores até galpões logísticos e instalações fabris. “Teremos uma análise personalizada, feita sob medida, para analisar cada caso e garantir que o risco final faça sentido para a operação. Afinal, os contratos têm uma duração entre 10 e 20 anos”, afirma Pavarin.

 

O formato built to suit oferece vantagens como a personalização do imóvel, economia do capital inicial e estabilidade, promovida pelo contrato de longo prazo. Encontrar um parceiro de confiança é essencial, pois o compromisso duradouro, a dependência do desenvolvedor e os custos elevados podem ser desafios.

 

Entre os diferenciais do Ouribank, além do conhecimento do setor imobiliário, está a desburocratização dos processos. “Com caixa próprio não precisamos recorrer a veículos de alavancagem. Isso torna a relação mais ágil e otimizada”, explica.

 

Além disso, o contato próximo também é umponto forte para o Ouribank. Afinal, o desenvolvedor e o locatário terão acessoa um canal único e especializado, com histórico comprovado no setor.

 

Histórico no mercado imobiliário

 

Esta é a terceira incursão do Ouribank no setor imobiliário, sendo a primeira vez que o banco opta por conduzir os negócios internamente. Nas duas iniciativas anteriores, foram criadas empresas investidas para lidar com o segmento.

 

Em 1999, o banco criou a Brazilian Finance & Real Estate, uma empresa que foi expoente nos segmentos em que atuou. A empresa focava em produtos e serviços financeiros de base imobiliária e foi a primeira no Brasil a lançar um fundo de investimentos imobiliários destinado ao varejo, se tornando mais tarde líder de mercado no segmento de FII’s.

 

Outro marco da BRFE foi o lançamento do Home Equity, que era uma novidade no Brasil na época. Tudo foi impulsionado pelo então Banco Ourinvest, até que a companhia foi vendida para o Banco BTG no final de 2011, a quem pertence atualmente.

 

Em 2018, o banco também constituiu a Ourinvest Real Estate, uma plataforma integrada de soluções financeiras imobiliárias especializada na gestão de recursos de terceiros e na securitização de recebíveis. Esse braço foi vendido para o Fator quatro anos depois.

 

A nova fase, agora incorporada internamente ao banco, marca o início de uma nova era nos negócios imobiliários. “Participei dessa evolução de negócios na minha primeira passagem pelo banco e, agora, retorno para uma nova fase de investimentos”, conclui Jefferson.

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