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22/11/24

5 dicas de como as empresas podem se planejar em tempos de instabilidade econômica

Por

Michele Loureiro

Em sua última divulgação, em novembro, o Ministério da Fazenda estimou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será de 3,3% em 2024. Já a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, deve ficar em 4,4%. As expectativas do mercado são mais altas, de 4,62%, superando a meta estabelecida para este ano e dando sinais de como serão os próximos meses, em meio a um cenário macroeconômico cheio de incertezas.

 

Nessa toada, a previsão para a taxa básica de juros no final de 2024 é de 11,75% ao ano, de acordo com o boletim Focus do Banco Central. Número que deve ficar mais alto em 2025, com uma projeção de Selic a 12,0% ao ano. Os índices têm como objetivo frear o aumento da inflação, mas o fato é que quando a taxa de juros aumenta, o crédito fica mais caro.

 

Fatores como a pendência para a aprovação do corte de gastos do governo e o cenário internacional, com Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2025 e a guerra comercial com a China, ajudam a compor o cenário nebuloso a frente. Afinal, como as empresas podem se planejar em tempos de instabilidade econômica?

 

Para auxiliar os empreendedores em tempos de volatilidade há algumas estratégias que podem proteger os negócios. Confira uma lista a seguir:

 

1) Conhecendo os riscos

 

O primeiro passo é ter ciência dos riscos. O primeiro deles é a redução do poder de compra, uma vez que com o mesmo montante de dinheiro, uma empresa compra menos produtos ou serviços do que antes -- o mesmo vale para os consumidores, que tendem a reduzir a demanda. Esta é uma questão particularmente crítica para as empresas que dependem de matérias-primas importadas ou que têm custos operacionais fixos.

 

2) De olho nas incertezas

 

Outro ponto de atenção está nas incertezas no planejamento, afinal, com a inflação em alta, torna-se mais difícil para as empresas terem previsibilidade. O aumento do custo do crédito também deve ser levado em conta, uma vez que as taxas de juros tendem a subir e dificultar o acesso ao crédito para as empresas.

 

3) Análise dos custos operacionais

Por isso, é importante conhecer as estratégias para momentos como o que estamos vivendo. A primeira dica dos especialistas em planejamento empresarial está em refazer a análise dos custos operacionais, comerciais e despesas administrativas para encontrar brechas de economia. Também pode ser uma boa hora para renegociar com fornecedores.

 

4) Instrumentos de proteção financeira

 

Outra dica está em usar instrumentos financeiros de proteção, como hedge cambial e contratos futuros, para se proteger contra flutuações de preços e garantir mais previsibilidade sob a gestão de caixa. Essa é uma estratégia especialmente útil para empresas importadoras e exportadoras.

 

5) Ativos tangíveis e contratos longos

 

Investimentos em ativos tangíveis também entram na lista de oportunidades. Em períodos de alta inflação, ativos como imóveis ou ouro muitas vezes retêm ou até aumentam seu valor. Outra possibilidade é a negociação de contratos longos, que podem ser benéficos pelos preços fixos, garantindo assim a estabilidade dos custos e do fluxo de caixa.

 

Especialista em câmbio há mais de quatro décadas, o Ouribank expandiu sua área de atuação e contempla soluções para todos os portes e segmentos de empresas. Desde a realização de câmbio, passando por ferramentas de proteção e crédito para as companhias. O banco se posiciona como parceiro dos negócios e está lado a lado dos empresários na jornada.

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