Por
Michele Loureiro
Em sua última divulgação, em novembro, o Ministério da Fazenda estimou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será de 3,3% em 2024. Já a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, deve ficar em 4,4%. As expectativas do mercado são mais altas, de 4,62%, superando a meta estabelecida para este ano e dando sinais de como serão os próximos meses, em meio a um cenário macroeconômico cheio de incertezas.
Nessa toada, a previsão para a taxa básica de juros no final de 2024 é de 11,75% ao ano, de acordo com o boletim Focus do Banco Central. Número que deve ficar mais alto em 2025, com uma projeção de Selic a 12,0% ao ano. Os índices têm como objetivo frear o aumento da inflação, mas o fato é que quando a taxa de juros aumenta, o crédito fica mais caro.
Fatores como a pendência para a aprovação do corte de gastos do governo e o cenário internacional, com Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2025 e a guerra comercial com a China, ajudam a compor o cenário nebuloso a frente. Afinal, como as empresas podem se planejar em tempos de instabilidade econômica?
Para auxiliar os empreendedores em tempos de volatilidade há algumas estratégias que podem proteger os negócios. Confira uma lista a seguir:
O primeiro passo é ter ciência dos riscos. O primeiro deles é a redução do poder de compra, uma vez que com o mesmo montante de dinheiro, uma empresa compra menos produtos ou serviços do que antes -- o mesmo vale para os consumidores, que tendem a reduzir a demanda. Esta é uma questão particularmente crítica para as empresas que dependem de matérias-primas importadas ou que têm custos operacionais fixos.
Outro ponto de atenção está nas incertezas no planejamento, afinal, com a inflação em alta, torna-se mais difícil para as empresas terem previsibilidade. O aumento do custo do crédito também deve ser levado em conta, uma vez que as taxas de juros tendem a subir e dificultar o acesso ao crédito para as empresas.
Por isso, é importante conhecer as estratégias para momentos como o que estamos vivendo. A primeira dica dos especialistas em planejamento empresarial está em refazer a análise dos custos operacionais, comerciais e despesas administrativas para encontrar brechas de economia. Também pode ser uma boa hora para renegociar com fornecedores.
Outra dica está em usar instrumentos financeiros de proteção, como hedge cambial e contratos futuros, para se proteger contra flutuações de preços e garantir mais previsibilidade sob a gestão de caixa. Essa é uma estratégia especialmente útil para empresas importadoras e exportadoras.
Investimentos em ativos tangíveis também entram na lista de oportunidades. Em períodos de alta inflação, ativos como imóveis ou ouro muitas vezes retêm ou até aumentam seu valor. Outra possibilidade é a negociação de contratos longos, que podem ser benéficos pelos preços fixos, garantindo assim a estabilidade dos custos e do fluxo de caixa.
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