Por
Michele Loureiro
Nos últimos anos, a Black Friday se tornou uma das principais datas para o varejo brasileiro. Em 2024, a sexta-feira mais esperada será em 29 de novembro e promete ter as melhores ofertas do ano para movimentar o faturamento dos e-commerces.
Levando em conta apenas os quatro principais dias de oferta — de quinta a domingo —, a consultoria Neotrust projeta um crescimento de 9,1% no faturamento do varejo online. A consultoria prevê que categorias como eletrodomésticos, moda e beleza devem ser destaque na Black Friday. Por isso, o planejamento e a disponibilidade de produtos já precisa estar no radar dos vendedores.
Atualmente, o Brasil tem mais de 1,9 milhão de lojas virtuais, segundo levantamento da Big Data Corp, sendo que 73% das lojas virtuais no Brasil são familiares e pequenos negócios. Em 2023, as vendas do setor chegaram a R$ 185,7 bilhões e os especialistas projetam avanços expressivos para esse ano.
Referência em comércio exterior e com uma gama completa de soluções para as empresas, o Ouribank preparou uma lista de dicas para garantir boas vendas no feriado de novembro. Confira a seguir:
Planejamento é a chave para importar tranquilamente. Os comerciantes devem pensar em uma antecedência de 6 meses para conseguir disponibilidade de produtos e melhores condições. Mas caso sua empresa ainda não tenha finalizado as compras, ainda há tempo. Pesquise as origens e fretes mais acessíveis para garantir o recebimento e se organize para as próximas datas.
A diferença no preço dos produtos pode ser expressiva e significar a diferença entre lucro e prejuízo no seu negócio. Por isso, pesquisar os valores é fundamental. O Alibaba, portal de compras B2B, é um importante aliado nessa busca. Invista um tempo para pesquisar e avaliar fornecedores. Com essa pesquisa de mercado, você terá bons resultados na sua importação.
Alguns produtos que estão em alta demanda para importação da China são: acessórios para smartphones, gadgets wearables, drones, dispositivos de realidade virtual. Analise a demanda de seus cnsumidores, mas também busque oferecer produtos que são tendência no momento, pois isso pode atrair novos compradores ou mesmo aumentar o tíquete médio. Além disso, produtos com grande procura tendem a ter valores mais interessantes e podem ajudar a aumentar o lucro.
Após pesquisar os produtos do seu interesse, o importador precisa fazer uma simulação dos custos, pois os valores logísticos podem inviabilizar a compra. Além disso, ajustes na quantidade podem alterar o valor unitário. Afinal, quanto mais se importa, menor é o valor unitário por produto. Geralmente, os produtos chegam ao Brasil pelo dobro do preço, mas isso é uma estimativa, já que produtos mais volumosos costumam pagar mais frete. A tributação para importação no Brasil é feita pela soma do produto + frete.
Muitos empresários imaginam que importar produtos de marcas famosas é uma boa estratégia, porque já são conhecidas pelo consumidor e contam com um marketing em cima do produto, mas não é necessariamente assim. Isso inviabiliza o pequeno importador ou quem está começando com importação.
Ainda que não haja tempo hábil para realizar as importações com o foco nas vendas da Black Friday, o empresário pode aproveitar a data para realizar boas aquisições para datas futuras. Os sites americanos são uma boa oportunidade e oferecem descontos relevantes em novembro, que podem resultar em margens maiores para itens comercializados em datas como Natal, Ano Novo e Carnaval, por exemplo.
O empresário deve levar em conta que a oscilação do câmbio é uma certeza do negócio. Uma das opções para assegurar o desempenho é o hedge cambial, ferramenta criada para proteger as empresas das flutuações do câmbio. Com o hedge é possível fixar as cotações futuras e ajudar a reduzir o risco de uma forma eficiente e segura, além de reduzir os custos operacionais.
Na prática, funciona assim: imagine um empresário que importa eletrônicos e decide comprar um lote de calculadoras para revender os produtos no Brasil. No momento da intenção da compra, o câmbio é de R$ 5,10 e o preço acertado é de US$ 1 dólar por equipamento. Seguindo um planejamento, ele venderá cada calculadora no Brasil por R$ 10 e terá uma margem de R$ 4,90 para arcar com custos locais e conseguir seu lucro.
Contudo, na data da entrega das calculadoras e do pagamento, o câmbio oscilou para R$ 5,80. Imediatamente, o valor da margem cai para R$ 4,20 e isso pode comprometer a lucratividade do negócio, tendo em vista todos os custos da operação. Justamente para evitar esse tipo de surpresa indesejada há o hedge cambial.
Na ocasião da importação de produtos é possível solicitar o travamento do câmbio na data escolhida. “A ideia é que o cliente jogue fora essa variável que é a taxa cambial e se preocupe em comprar e vender seus produtos”, diz Bruno Foresti, superintendente de Câmbio do Ouribank.
Inúmeras variáveis precisam ser analisadas por quem importa mercadorias para o Brasil. Além da questão macroeconômica global, os empresários brasileiros ainda precisam lidar com questões como competitividade, mão de obra, tributos e com a estratégia de negócio. Por isso, contar com ferramentas que auxiliam na hora de importar produtos é fundamental. Uma delas é o Finimp (Financiamento à Importação), como o próprio nome já diz é uma linha de financiamento à importação em moeda estrangeira.
Funciona da seguinte maneira: depois do embarque das mercadorias no exterior, o exportador já recebe o pagamento à vista e o importador tem a opção de realizar o pagamento em até 180 dias para a instituição de crédito escolhida, por meio de um contrato de cessão de recebíveis. No Ouribank há uma equipe especializada em compreender a necessidade de cada negócio e ajudar nas fases de importação e de recebimentos.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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