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29/8/24

A digitalização do sistema financeiro e o que esperar do mercado de câmbio

Por

Michele Loureiro

Nos últimos anos, o mercado financeiro vem assistindo uma onda de digitalização pautada por frentes como produtos e serviços baseados em block chain, Inteligência Artificial e a tokenização de ativos financeiros.

 

Dessa forma, a tecnologia ganha cada vez mais protagonismo e está transformando a forma de interação com os clientes, a agilidade e segurança das operações.

 

Para Pedro Guimarães, Head de Produtos do Ouribank, um dos destaques é a IA aplicada. “Há vários formatos possíveis de uso, mas vejo as interfaces baseadas em texto e áudio, quebrando a experiência tradicional de navegação via formulários e páginas, como uma das novidades mais interessantes e disruptivas”, diz.

 

O auto serviço e a simplificação de processos através de tecnologia tem sido um movimento amplamente observado no mercado. “O uso massivo de dados e inteligência artificial são tendências que favorecem um nível cada vez maior de assertividade nas ofertas e interações intuitivas para resolver as questões do dia a dia”, diz Marcelo Maylinch, CIO do Ouribank.

 

Segundo os executivos, o resultado atingido com o uso da digitalização contribui para a maior satisfação dos clientes e busca de eficiência nos processos como um todo. Além disso, o atendimento personalizado com auxílio da tecnologia ajuda a reduzir custos e permite o acesso a novos clientes por meio do ganho de escala.

 

Neste contexto, o Brasil é reconhecido por estar na vanguarda em termos de modernidade aplicada aos serviços financeiros-- um exemplo disso é a própria adoção do PIX. Entretanto, a velocidade com que as novas tecnologias se apresentam, incluindo o movimento através de fintechs, traz um potencial de elevar ainda mais esse patamar de modernidade.

 

“Do ponto de vista técnico temos um sistema evoluído, com exemplos como a interoperabilidade de recebíveis de cartões e em breve as duplicatas escriturais, além do Drex. Falta, por enquanto, uma regulamentação mais clara de criptomoedas, mas essa já é uma pauta sendo trabalhada pelo Banco Central”, diz Maylinch.

 

Evolução no mercado de câmbio

 

Bem como as evoluções observadas no setor financeiro, o mercado de câmbio também tem passado por atualizações importantes. Segundo Pedro, a simplificação de regras e conceitos permitiu que a formalização da contratação do câmbio ficasse em linha com outros produtos contratados eletronicamente. “Além disso, a frente que possibilita que a documentação seja requerida conforme análise de risco do cliente trouxe uma redução no custo de processamento e uma maior velocidade na liquidação das operações”, afirma.

 

No Ouribank, especialista em câmbio há quatro décadas, as mudanças já são tangíveis nas operações diárias. Pedro explica que foram realizadas uma série de simplificações na frente de contratação do câmbio, o que reduziu consideravelmente o tempo para liquidação dessas operações. “Atualmente, das operações contratadas nos canais digitais, mais da metade já é liquidada em menos de duas horas e uma parte expressiva disso em menos de 30 minutos”.

 

Para ele, além da agilidade e segurança nas operações de câmbio, essa simplificação dos processos também ajudou a incrementar os negócios. Ele pontua a introdução do modelo de eFX como um destaque para isso, uma vez que ele foi responsável pela viabilidade do comércio eletrônico internacional na escala do consumidor pessoa física. Na prática, eFX são serviços de pagamentos ou transferências internacionais prestados de forma digital e com menos burocracia. Em tradução livre, a sigla eFX (Electronic Foreign Exchange) significa algo como transferência eletrônica estrangeira ou câmbio eletrônico.

 

“Lojas como SHEIN, Shopee e similares só ganharam o tamanho atual porque há um processo simplificado de coleta e envio de valores para o exterior, o que seria impensável alguns anos atrás por conta do custo e da complexidade. Esse é um mercado altamente digitalizado e em expansão”, diz o executivo.

 

A oferta de soluções em Reais para clientes estrangeiros que desejam expandir para o Brasil também já é uma realidade.“Isso deve se expandir à medida que o BC revisar a norma referente aos investimentos estrangeiros no Brasil, que deve ocorrer até o próximo ano”, explica Pedro. No Ouribank, o serviço de contas para estrangeiros é um dos destaques de contratações.

 

Tendências para o mercado

 

Na lista de tendências do mercado está a evolução na utilização de stable coins, também chamadas de moedas estáveis pareadas em algum ativo estável ou cesta de ativos, à medida que a regulamentação do BC for publicada. “Existe muita expectativa sobre as soluções baseadas em criptomoedas, porém ainda há gaps importantes que colocam em dúvida a melhor forma de utilizar esse ativo em compliance  com a regulamentação”, avalia o Head de Produtos.

 

Para acompanhar as mudanças e evoluções do sistema financeiro e do mercado de câmbio, o Ouribank vem redesenhando sua atuação se consolidou como um banco digital. “É um processo de mudança cultural acima de tudo, considerando todas as pontas que envolvem os serviços oferecidos aos nossos clientes e parceiros”, diz Maylinch.

 

A evolução nas plataformas digitais do banco é um exemplo disso. Mais de 60% das operações com os correspondentes são realizadas via a nova plataforma chamada Portal do Correspondente, o PCor. Com a ferramenta, os cerca de 600 parceiros podem realizar fechamento de câmbio e diversas operações diretamente com os clientes em um portal capaz de atender demandas de pessoa física e pessoa jurídica em contratação de câmbio pronto de até US$ 1 milhão, montante que responde por cerca de 90% das operações de mercado.

 

“Em breve teremos o lançamento de um gateway de pagamentos focado em e-commerce e marketplaces e com uma oferta integrada de câmbio e pagamentos, consolidando uma oferta que hoje é fragmentada entre diferentes players”, destaca Pedro.

 

Com uma expertise em câmbio e oferta verticalizada, que integra pagamentos locais com cross border, além de toda a tecnologia embedada para permitir a escala necessária nesse mercado de soluções digital first, o Ouribank  se destaca no mercado de câmbio.

 

“Conseguimos trazer uma combinação interessante de modernidade e agilidade, como uma fintech. Alinhamos a robustez ao profundo conhecimento do negócio bancário e essa combinação tem se mostrado um diferencial que abre o mundo e novas possibilidades para os nossos clientes e parceiros”, finaliza Maylinch.

 

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