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13/6/24

Dólar em alta: a importância do hedge em momentos de oscilação cambial

Por

Michele Loureiro

Apenas nos primeiros dias do mês de junho, a cotação do dólar flutuou 2,5%, de R$ 5,23 para R$ 5,36, de acordo com dados do Banco Central. No primeiro dia útil de 2024, a moeda americana valia R$ 4,89,valor 9,6% menor do que o atual.

 

Estas oscilações, explicadas por fatores que vão desde a política econômica nacional até o cenário no exterior, são difíceis de prever e podem impactar fortemente nas operações em moeda estrangeira. Por isso, as ferramentas de hedge cambial são aliadas importantes para garantir previsibilidade nos negócios de pessoas físicas e jurídicas.

 

Segundo Raphael Coracini, Gerente da Mesa de Câmbio do Ouribank, as ferramentas de proteção cambial, conhecidas como hedge, podem fazer a diferença na última linha do balanço. “Um importador pode ter severa perda de margem de lucro por conta da oscilação do câmbio entre o fechamento do contrato e a data de pagamento. Isso pode acarretar em prejuízo”, diz.

 

A mesma lógica também vale para exportadores. Apesar de o cenário parecer positivo para quem vai receber em dólar, a data de pagamento pode se dar em um período que a moeda já tenha recuado. “Essa faltade previsibilidade pode comprometer os negócios”, explica o executivo.

 

As pessoas físicas que realizam operações em moeda estrangeira, seja para manter residentes fora do país, para pagar serviços, fazer operações de disponibilidade para o mesmo titular ou mesmo investir em imóveis em solo internacional, também devem ficar atentas com a flutuação do dólar.

 

Por exemplo, um imóvel de US$ 1,5 milhão, que custaria R$ 8 milhões pelo câmbio atual, pode sair mais caro se a moeda subir até R$ 5,50 e passar a R$ 8,250 milhões. “Somente contratando hedge cambial é possível garantir a taxa final e saber quanto você vai pagar”, diz Coracini.

 

Especialista em câmbio há mais de quatro décadas, o Ouribank possui especialistas prontos para compreender as necessidades dos clientes e indicar a ferramenta mais adequada para cada tipo de operação. “Atendemos clientes no middle market, que são empresas de porte menor que dificilmente encontram esse tipo de suporte e assessoria nos grandes bancos. Nosso atendimento é diferenciado e personalizado”, explica.

 

Como funciona o hedge cambial?

 

Na ocasião do fechamento de um negócio, seja ele uma importação de produtos, venda de commodities ou até mesmo a compra de uma casa no exterior, é possível solicitar o travamento do câmbio na data escolhida. A ideia é que o cliente jogue fora essa variável que é a taxa cambial e se preocupe em comprar e vender seus produtos com previsibilidade.

 

Não existe uma quantia mínima para buscar o hedge cambial. Há vários formatos para atender a necessidade de cada cliente, como NDF e trava de câmbio, os mais utilizados pelos clientes do banco. Clique aqui para conhecer cada formato.

 

Coracini explica que a trava de câmbio se assemelha a uma operação de câmbio padrão, porém ocorre com a sua liquidação em uma data superior a dois dias úteis. Para a contratação do formato, a empresa precisa apresentar, no ato do fechamento do câmbio, a documentação que ampara o fechamento de câmbio (Proforma Invoice emitida pelo fornecedor ou o documento compatível com a operação a ser realizada).

 

Já o termo de moedas, também conhecido como NDF, tem a mesma precificação da operação de trava de câmbio, porém é um derivativo.

 

O principal diferencial dessa operação é que a empresa não precisa apresentar documentos de câmbio no momento da contratação, uma vez que se trata de uma operação com instrumento derivativo referenciada em uma taxa de câmbio.

 

Além disso, o termo de moedas também pode ser liquidado previamente. “É um formato mais flexível”, diz. 

 

Na prática, o cliente decide quanto do montante do seu negócio quer proteger e busca no mercado financeiro agentes dispostos a realizar o travamento comercial com base em uma contrapartida, como acontece no Ouribank.

 

“O hedge é essencial para toda companhia ou pessoa física que faz transações em moeda internacional. Com ele é possível fixar a taxa de câmbio em um valor pré-determinado que será mantido ao longo do contrato até o momento da liquidação”, finaliza o executivo.

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