Por
Michele Loureiro
Todos os anos são movimentados bilhões de dólares entre o Brasil e vários destinos espalhados pelo mundo. Para se ter uma ideia, em 2021 os envios e recebimentos de dinheiro realizados por brasileiros chegaram a US$ 5,5 bilhões, superando em 15,4% a movimentação realizada no ano anterior. Segundo os dados do Banco Central, deste total, US$ 1,6 bilhão foi enviado ao exterior e US$ 3,9 bilhões desembarcaram por aqui. Mas afinal, como realizar uma transferência internacional?
Ao olhar as cifras você pode imaginar que as transferências internacionais são realizadas apenas em grandes quantias ou por empresas de grande porte. Mas não se engane, é possível enviar e receber qualquer valor, desde que haja comprovação do montante.
Para te ajudar a entender como funcionam as operações internacionais de envio e remessa de moedas, o Blog Ourinvest preparou uma lista com as perguntas mais comuns sobre o assunto e responde tudo a seguir. Confira:
Uma transferência internacional, que também é comumente chamada de remessa internacional, é o ato de enviar ou receber dinheiro de um país para o outro.
Qualquer brasileiro com comprovação de origem de patrimônio pode mandar dinheiro para o exterior. Isso pode acontecer por vários motivos, seja para comprar um bem ou serviço, manter um filho morando fora do Brasil, para investir ou até para a importação ou exportação de produtos.
Não há valores mínimos ou máximos, mas há uma necessidade de comprovar a origem do valor enviado ou recebido.
É possível realizar o processo todo online, por meio de bancos e instituições credenciadas, ou presencialmente indo a casas de câmbio, agências bancárias ou até mesmo nas agências dos Correios – por meio do “Vale Postal Eletrônico Internacional”, caso o país seja conveniado.
Dependendo do país de destino, você vai precisar do código SWIFT, IBAN ou Routing Number, além dos dados pessoais. Confira aqui as informações sobre esses códigos.
Além dos dados pessoais, para que a transação internacional seja efetivada com sucesso é preciso entender o motivo da operação, inclusive para que os impostos sejam corretamente cobrados, dependendo da natureza da operação.
“Por exemplo, apresentar a matrícula do filho em uma faculdade na Europa ou o comprovante de aluguel de uma casa no exterior”, diz Bruna. Além disso, a origem do dinheiro também é checada.
Bruna explica que para cada natureza de transferência existe uma cotação de IOF diferente. Para pessoas físicas, o IOF é diferente de operações para pessoas jurídicas ou serviços. Quem define essas tarifas é o Banco Central.
É possível enviar dinheiro para todos os países do mundo que tenham uma instituição que receba legalmente o valor, com exceção daqueles que tenham alguma restrição do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro (GAFI), como a Coréia do Norte e o Irã.
Quando as transferências internacionais são feitas por pessoas não especializadas há o risco do processo ser lento e muitas vezes errôneo: “Isso porque em cada país de destino existem, além de acordos de bitributação, suas particularidades. É preciso conhecer as legislações e sistemas”, explica Bruna Dayan, Gerente de Negócios Internacionais do Ouribank.
Isso pode variar de acordo com o meio escolhido para realizar a operação. No Ouribank, por exemplo, as operações são feitas em poucas horas desde que os documentos cadastrais e a comprovação de origem de dinheiro estejam corretos. Basicamente, o tempo de remessa só leva em conta o fuso horário dos 96 países em que o banco atua.
Além de enviar dinheiro para fora do Brasil, muitas pessoas precisam receber quantias vindas do exterior. O processo de recebimento também é simples.
É possível receber uma remessa internacional por meio de uma transferência ou por ordem de pagamento. Quase todas as transferências podem ser feitas online e por diferentes tipos de instituições: sejam plataformas especializadas em remessas internacionais, bancos ou casas de câmbio.
Também é possível receber dinheiro do exterior por meio de uma ordem de pagamento. A pessoa que está lá fora e vai transferir o dinheiro deve procurar uma instituição que faça remessas ao Brasil. Neste caso, são solicitados os dados pessoais, endereço e informações bancárias de quem irá receber o valor, além do motivo da transferência.
“Além de auxiliar com os trâmites das transferências, nós fazemos uma consultoria para o cliente acompanhando qual o melhor momento do câmbio em uma determinada janela de prazo que ele tem para fazer o envio. Por exemplo, se precisa pagar a escola do filho até dia 10 de cada mês e verificamos uma boa taxa no período e já entramos em contato com o cliente”, diz a executiva.
Além disso, Bruna destaca os serviços de hedge cambial e a capacidade para ajudar com investimentos no exterior. “Temos soluções completas, ágeis e seguras”, finaliza.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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