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Relátórios de economia
11/6/2024

Para o alto e avante

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: desde o final de julho, quando atingiu o menor patamar observado ao longo deste ano (ao redor de US$/R$4,7), nossa taxa de câmbio só subiu e hoje está próxima dos US$/R$5,4 – maior nível observado desde o início de 2023. Os motivos são muitos e o principal deles está relacionado à evolução da taxa de juros nos EUA, ou melhor, à expectativa de que haverá pouco ou até mesmo nenhum corte de juros por lá. E juros altos nos EUA implicam em moeda norte-americana fortalecida. A questão dos juros afeta praticamente todas as moedas emergentes, mas o real vem sofrendo muito, sinalizando que há uma questão interna que contribui para manter o câmbio em nível tão alto. O desalinhamento entre o alto escalão do governo, ministérios, Congresso e Banco Central tem trazido instabilidade institucional para o nosso país e isso, sem dúvida, gera aversão ao risco e contribui para que o câmbio permaneça no nível em que está. Até quando essa situação continuará? Está difícil de adivinhar.

 

CONSEQUÊNCIA: Com isso, temos consequências, claro. Taxa de câmbio alta por muito tempo, tende a ter impacto na inflação. E, vejam vocês, caros leitores, a pesquisa Focus do Banco Central já vem mostrando elevação nas projeções há algumas semanas e, com isso, os economistas passaram a revisar também as projeções de juros para cima. É praticamente um efeito cascata em que a ação de uma variável gera reação em muitas outras – neste caso, de forma negativa. A parte boa é que nossa economia tem se mostrado resiliente e as projeções para o crescimento econômico seguem muito bem, obrigada. Até quando? Também não sabemos!

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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