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Relátórios de economia
28/2/2019

Que nem pastel: tem para todos os gostos

Por

Fernanda Consorte

CAUSA:

Fevereiro se  encerra com bastante volatilidade – parte do jogo. No mercado internacional,  tivemos Trump prorrogando trégua comercial com a China e sugerindo avanço na  conversa para a novela de um acordo comercial (positivo!!); por outro lado, o  fim abrupto da reunião de cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte, no  Vietnã, coloca os mercados internacionais na defensiva. E para terminar, o  PIB do 4T18 americano veio acima do esperado – bom para eles, ruim para os  emergentes; quem lembra do flight-to-quality?    Localmente, destaco a fala do vice-presidente da República, Hamilton  Mourão, afirmando que "tudo é negociável" nas discussões sobre o  novo regime previdenciário dos militares. Ressaltou, contudo, que a categoria  é mal remunerada se comparada a outras carreiras de Estado e já sofreu com  uma medida provisória de 2001. Isso sugere viés do governo para a categoria,  nada bom.  Os dados econômicos que foram divulgados também não ajudam no humor: o PIB  do 4T18 veio no piso das projeções dos economistas e a confiança dos  empresários caiu este mês. Sempre digo que PIB é olhar para trás, mas a  recuperação econômica ainda está lenta e a confiança aumentará tanto quanto  avançarmos na Reforma da Previdência.  

CONSEQUÊNCIA:

O resultado é volatilidade nesta semana pré-carnaval. Tem  notícia para todo gosto, igual pastel de feira. Conforme a relação EUA-China  avançar, assim como os trâmites da Reforma da Previdência, mais baixa a taxa  de câmbio. Mas nesse caminho, teremos muita volatilidade, e muitos sabores de  pastel.

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