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Relátórios de economia
27/2/2024

Seguimos na esteira das decisões sobre juros

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: Seguimos na expectativa sobre quando se dará a primeira queda de juros nos EUA. As apostas mais recentes apontam que o início do ciclo de corte de juros deve ocorrer a partir de junho (52,8%), mas já há estimativas que apontam para um prazo mais distante, apenas a partir de julho (43,9%). O impacto disso no curto prazo tem sido a pressão nas moedas emergentes e temos sentido aqui no Brasil. Mais do que isso, a permanência de juros elevados por mais tempo nos EUA pode ter um custo elevado para a economia americana no futuro, que tende a crescer menos caso os juros permaneçam no nível que estão atualmente (entre 5,25 e 5,50) por muito mais tempo. Parece um efeito bola de neve, já que um crescimento menor dos EUA tende a refletir de forma negativa em todo o mundo.

CONSEQUÊNCIA: Está difícil visualizar nossa taxa de câmbio abaixo dos US$/R$4,90 há algum tempo e, por conta de tanta incerteza com relação ao ambiente externo, pode ser que esse patamar persista por mais tempo. Tanto que o mercado voltou a ajustar as projeções de câmbio para cima na última divulgação do relatório Focus (veja na tabela abaixo). Além disso, vale destacar que, embora o cenário interno seja mais favorável, economicamente falando (com queda de juros e inflação menor) – tem sido pouco suficiente para aumentar o ingresso de fluxo de capital estrangeiro para Brasil, o que é um importante fator de contribuição para fortalecer nossa moeda. Assim, seguimos na esteira das decisões sobre juros.

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