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Relátórios de economia
29/10/2024

Uma questão de expectativas

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: As eleições nos Estados Unidos e a política de juros do Federal Reserve (Banco Central Americano) influenciam diretamente as taxas de câmbio e, consequentemente, o valor do real frente ao dólar. Eleições geram incertezas, incertezas geram volatilidade e, geralmente, pressão nos preços dos ativos – estamos sentindo isso na pele nos últimos meses. Durante o período eleitoral, a expectativa em relação às políticas dos candidatos, como gastos públicos e abordagens comerciais, afeta diretamente a confiança no dólar. Já as decisões sobre as taxas de juros impactam o fluxo de capital. Um aumento nos juros torna o dólar mais atraente para investidores estrangeiros, elevando sua cotação, enquanto uma queda nos juros tem o efeito oposto, podendo desvalorizar o dólar. Hoje, as expectativas se concentram em um corte de juros mais modesto nos EUA, portanto, se depender apenas dessa variável, nossa taxa de câmbio deverá continuar mais pressionada.

CONSEQUÊNCIA: Essas variações no dólar trazem consequências significativas para a economia brasileira. A valorização do dólar encarece importações, pressionando a inflação e dificultando o acesso a insumos estrangeiros, enquanto uma desvalorização do dólar torna as exportações brasileiras mais competitivas. Além disso, juros altos nos EUA tendem a atrair investimentos para aquele país, reduzindo o fluxo de capital para o Brasil, o que impacta a taxa de câmbio, como mencionamos acima. Taxa de câmbio alta por mais tempo, também tende a pressionar inflação e é exatamente o que estamos observando nas projeções mais recentes do Focus.

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