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Relátórios de economia
23/7/2024

Não está bom, mas pode ser que piore

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: Como se já não bastasse o desconforto com a questão fiscal aqui no Brasil e a eterna dúvida se haverá ou não corte de juros nos EUA, agora, as incertezas sobre as eleições americanas entraram no radar. Aqui, no Brasil, o governo já sinalizou corte nos gastos – ainda não sabemos se será suficiente – mas a sinalização é positiva. Sobre os juros americanos, a evolução mais recente dos indicadores e dos pronunciamentos das autoridades é que haverá redução a partir de setembro – a confirmar. Então, a grande questão agora é sobre quem será o novo presidente dos EUA. A desistência do atual presidente em entrar nesta corrida aumentou o nível de incerteza sobre o tema e contribuiu para a piora no comportamento dos principais ativos brasileiros, principalmente, nossa taxa de câmbio.

CONSEQUÊNCIA: As projeções continuam piorando. A última pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou piora consistente nas projeções de inflação para este e para o próximo ano. Além disso, não há sinalização de melhora nas projeções da taxa de câmbio. Mercado continua pessimista e segue projetando câmbio acima de US$/R$5,30 para este ano e acima de US$/R$5,23 para 2025. Com isso, as projeções para a Selic seguem elevadas e já temos observado revisão (para baixo) na projeção de crescimento para 2025. Se ainda não está bom, pode ser que piore.

 

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