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Relátórios de economia
17/4/2024

Uma tempestade passageira (ou não!)

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: As causas são muitas e podemos listar algumas delas aqui: 1. Indicadores divergentes na China –  o PIB mostrou um bom crescimento, mas os dados referentes às vendas do varejo e à indústria tiveram resultados mais fracos, sinalizando possível desaceleração econômica do gigante chinês; 2. A alteração da meta fiscal no Brasil foi uma sinalização ruim e afeta a imagem do nosso país, pois adia as chances do governo de deixar as contas no azul, ou seja, zerar o déficit; 3. Indicadores americanos sinalizam economia fortalecida, mas inflação ainda pressionada - o que pode atrasar a queda dos juros por lá; 4. Aumento da aversão ao risco global com a escalada da guerra no Oriente Médio e pressão sobre os preços do petróleo. Ou seja, uma tempestade perfeita que tende a contribuir para que a taxa de câmbio continue pressionada no curto prazo.

CONSEQUÊNCIA: E as consequências ainda são bem difíceis de serem visualizadas. O que vemos até agora é que se o câmbio permanecer no patamar que está por muito tempo, em algum momento isso tende a impactar de forma negativa a inflação. Claro, há uma defasagem, mas com defasagem ou não, uma hora a conta chega. Se essa conta chegar na inflação, ainda que dentro de alguns meses, logo depois também encostará nos juros (que estão em queda, lembram?). Até quando? Não sabemos e, agora, muito menos. Pois bem, câmbio alto por muito tempo, inflação pressionada, Banco Central se verá obrigado a parar de baixar os juros antes do planejado. Um cenário bastante ruim para quem estava vendo um caminho mais florido pela frente. Por ora, mantemos nossa visão ainda otimista de que é só uma tempestade passageira, com danos temporários. Mas seguiremos monitorando.

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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