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Michele Loureiro
Em 2025, as festividades para celebrar o Ano Novo Chinês, uma das celebrações mais importantes para a economia global, começam em 29 de janeiro e se estendem até 12 de fevereiro, no período que marca o início do Ano da Serpente.
O evento representa a maior migração de pessoas do mundo. Na última semana, só de trem, já partiram mais de 10 milhões de passageiros. E 160 milhões de chineses pegaram a estrada. Até fevereiro, devem ser 9 bilhões de viagens - um recorde, que movimenta a economia do país e tem desdobramentos no mundo todo.
Além das adaptações locais para receber turistas e chineses que voltam para seu lugar de origem, o comércio exterior também é afetado com os dias de celebração. Por isso, muitas empresas que transacionam com a China iniciam seus preparativos com antecedência, já que as operações completas podem ser retomadas na segunda ou terceira semana de fevereiro, normalmente após o Festival das Lanternas, em 12 de fevereiro.
O Ano Novo Chinês provoca uma pausa significativa na produção e logística na China, resultando em desafios como paralisação da produção, uma vez que a maioria das fábricas reduz ou cessa atividades semanas antes do feriado e demora para retomar a capacidade total. Também há impactos logísticos, já que há um aumento no volume de envios antes do evento e o retorno gradual das atividades após o feriado resultam em atrasos e gargalos.
Com isso, é esperado um aumento dos custos de transporte, já que a alta demanda por envios antes do feriado gera sobre taxas no frete, além de possíveis custos adicionais com atrasos. Esses fatores podem resultar em flutuações no mercado, uma vez que a pausa na produção pode causar aumento nos preços de certos produtos, dependendo da oferta e demanda.
Justamente para evitar essas situações, empresários brasileiros que possuem relações comerciais com a China precisam se preparar para lidar com o cenário.
Além de incluir prazos maiores e eventuais taxas mais altas, outra opção é realizar as importações orientadas por operações com hedge cambial. A ferramenta foi criada para proteger as empresas das flutuações do câmbio e com ela é possível fixar as cotações futuras e ajudar a reduzir o risco de uma forma eficiente e segura, além de diminuir os custos operacionais. Assim, o empresário consegue ter maior previsibilidade de seus ganhos.
Inúmeras variáveis precisam ser analisadas por quem importa mercadorias para o Brasil. Além da questão macroeconômica global, os empresários brasileiros ainda precisam lidar com questões como competitividade, mão de obra, tributos e com a estratégia de negócio. Por isso, contar com ferramentas que auxiliam na hora de importar produtos é fundamental. Uma delas é o Finimp (Financiamento à Importação), como o próprio nome já diz é uma linha de financiamento à importação em moeda estrangeira.
Funciona da seguinte maneira: depois do embarque das mercadorias no exterior, o exportador já recebe o pagamento à vista e o importador tem a opção de realizar o pagamento em até 180 dias para a instituição de crédito escolhida, por meio de um contrato de cessão de recebíveis. No Ouribank, há um time de especialistas que pode ajudar nas relações comerciais com a China e garantir que os clientes usufruam das melhores oportunidades de comércio exterior.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de grande parte das exportações brasileiras. A relação entre os dois países tem sido marcada por um aumento de investimentos e de intercâmbio comercial. Para se ter uma ideia, em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre os países passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões, em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No mesmo ano, o Brasil exportou mais de US$ 60 bilhões para a China.
Dados de 2024 indicam que o comércio chegou a US$ 136,35 bilhões até outubro. Tudo indica que esse volume irá crescer ainda mais, sobretudo se as tarifas adicionais de 60% ou mais sobre as todas as importações chinesas, alardeadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de fato forem colocadas em prática em seu novo governo.
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