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O e-commerce vem crescendo de maneira bastante orgânica no Brasil e tem se tornado cada vez mais importante para a população de forma geral e para economia do País. O número de brasileiros conectados à internet aumentou muito nos últimos anos. De acordo com os dados da pesquisa TIC feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% das pessoas tinham acesso à rede no país em 2019 (ver gráfico abaixo).
E não é difícil imaginar que o isolamento social, decorrente da pandemia do coronavírus, deve ter trazido um incremento para o setor, que poderá inclusive continuar se beneficiando dessa onda, mesmo com o fim da crise pandêmica. Afinal, clientes conquistados ao longo da crise, poderão se tornar fiéis no longo prazo. Essa é uma boa aposta!
Claro que ainda há questões culturais e, principalmente, de renda (da falta dela, no caso), que impedem que tanto o acesso, quanto à utilização dos meios eletrônicos não sejam observados na totalidade da população (ver gráfico abaixo).
Contudo, com novas tecnologias chegando e maior concorrência entre as redes oferecidas no País, é possível acreditar que o custo desse tipo de serviço comece a cair ao longo dos próximos anos, garantindo acesso a 100% da população. Assim, acreditamos e gostaríamos que fosse.
Para se ter uma ideia, o faturamento via comércio eletrônico aumentou mais de 15% em 2019 em relação ao ano de 2018, de acordo com os dados da e-bit. E, somente entre os meses de março e abril deste ano, houve um aumento de mais de 45% no faturamento em comparação ao mesmo período do ano passado (ver gráfico abaixo) – esse é o efeito pandemia refletido positivamente em ao menos algum setor da nossa economia. Já tínhamos detalhado um pouco sobre o possível comportamento de alguns setores em nosso relatório especial de "Alguma coisa está fora da ordem; fora da nova ordem mundial", e sobre o quanto esse setor, especificamente, poderia ter ganhos incríveis com o isolamento social prolongado.
Contudo é importante ressaltar que existem algumas razões que podem impedir o cliente brasileiro a optar pelo e-commerce ao invés da venda física. Também de acordo com pesquisas feitas pela e-bit, a falta de confiança de que o produto será entregue; as preocupações com relação à segurança e privacidade, e a dificuldade de realizar trocas e devoluções são os principais empecilhos que o consumidor brasileiro encontra na hora de realizar uma compra on-line. Eu entendo perfeitamente esses pontos. Vocês concordam?
Por isso, entendemos que a continuidade no crescimento desse setor somente será consistente se alguns desafios (leia-se: investimentos, basicamente) forem pensados e implementados pelos empresários. Dentre os quais destacamos:
Algumas perguntas ainda precisam ser feitas: será que esse movimento veio para ficar? Vamos ver uma melhora tanto nas condições de infraestrutura quanto no perfil do consumidor do e-commerce brasileiro? Se sim, o quanto isso vai mudar a vida das pessoas e qual será o impacto nos comércios físicos? São perguntas ainda difíceis de responder e que merecem um especial ainda mais detalhado sobre o assunto. Vamos pensar juntos?
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