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Relátórios de economia
13/12/2024

Semana em Gráficos - 29/11 a 13/12

Por

Cristiane Quartaroli

A taxa de câmbio se manteve extremamente volátil ao longo do período, refletindo um cenário de incertezas tanto no ambiente doméstico quanto no externo. No Brasil, as dúvidas relacionadas à sustentabilidade da política fiscal e ao impacto da recente elevação da taxa de juros têm gerado instabilidade nos mercados. Lá fora, a situação também foi pouco favorável: os investidores seguem atentos às decisões do FED (Banco Central Americano), em meio às incertezas sobre o futuro do mercado de trabalho e da inflação nos EUA; além da falta de previsibilidade sobre os estímulos econômicos na China, que enfrenta desafios para sustentar sua recuperação econômica. Todos esses fatores alimentam uma percepção de risco generalizada, mantendo os ativos locais em cautela e oscilação.

A curva de juros segue pressionada. Nesta semana, o Copom decidiu elevar a Selic para 12,25% ao ano, como parte de seu esforço para conter o avanço da inflação. Embora essa decisão reflita o compromisso do Banco Central em ancorar as expectativas inflacionárias, ela tem impacto direto na curva de juros. As taxas de curto e médio prazos registraram ajustes significativos, refletindo um prêmio de risco maior e a percepção de que os juros devem permanecer elevados por mais tempo. Por outro lado, as taxas de longo prazo mostraram variações mais contidas, demonstrando que o mercado ainda aguarda maior clareza sobre o cenário fiscal e o ritmo da desaceleração inflacionária para revisar suas projeções.

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